8 de novembro de 2009

POETIZAR ME ENCANTA

Não sei se gosto que me chamem de poeta
Por atribuir à poesia o dom de colocar em papel
Tudo o que as palavras parecem abafar quando falo em voz alta
Ter o poder de fazer com que sua voz seja ouvida
Sem que nem sequer saibam em qual tom ela está a ser entoada
Poetas falam mesmo quando não dizem nada; gosto disso.
Mas gosto também porque poesia me lembra romantismo
Lembra-me a essência do presente que é passado
E que é preciso trazer um pouco de passado ao presente
O amor incondicional a outrem
Associado ao amor próprio, que é maior
Assim, quem ousa poetizar pode fazer
Com que se ame e comece então a amar
O destino, a vida que lhe foi apresentada
Para que, ao invés de esperar a morte para viver num paraíso
Possa viver num paraíso ao qual a morte declarará um fim.
Vive-se só e isso é mais do que o bastante.
Já que amor é poesia, amor é vida e a vida é amor e poesia, quero viver.
Os poetas vivem, e não morrem antes da hora, só isso já me encanta.

Por. Rafael Estevan

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