Eu quis a descida e a subida ao mesmo tempo, então perdi o controle dos passos. Já não havia ida nem volta, apenas a dúvida. Eu estava parada entre dois extremos. Logo eu que sempre soube para onde ir. Logo eu que passei a vida inteira dando dicas, hoje choro por não ter o controle de mim mesma.
Foi por achar que eu era segura demais, consciente demais que acabei me tornando uma cópia mal feita de tudo aquilo que eu havia rejeitado. Sim, passei a ser o que eu mesma condenei. E nem tenho o direito de julgar o que seria certo ou errado.
Quis fingir que sou, de fato, forte, mas falhei, como na maioria das vezes. E, mesmo tendo passado o dia inteiro com o sorriso à mostra, ao fechar os olhos, eu desabei. Com os olhos fechados eu enxerguei o que havia lá dentro, e me assustei com o que vi.
Não, eu não possuo toda a verdade em minhas mãos. Para ser sincera, não tenho nem mesmo a metade dela. Nem sei se ainda consigo ser sincera comigo mesma. E aquela coisa estranha ainda continua me arrepiando a espinha.
Cá estou eu, com os olhos inchados, as unhas roídas e o coração em pedaços.
OBS: Texto escrito por Mariana Andrade, retirado de www.mariiandrade.blogspot.com
Publiquei esse texto porque alé de acha-lo mais que perfeito ele se encaixa bruscamente em tudo que sinto e penso nesse instante, então fiz de suas palavras as minhas...(Incrivel como as palavras tem poder de acalmar e demonstrar fielmente o que pensamos )
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