16 de fevereiro de 2010

ATÉ QUE OS MEUS PÉS CONSIGAM ME LEVAR

Mesmo cerrados meus olhos ainda podem alcançar a origem da estrada.
Já não sei se sigo a trilha correta ou se vago pelos caminhos errados.
Ainda assim, sigo...
Meu comodismo natural implora para que meu espírito continue adormecido
e me vejo perdido entre a preguiça e o desejo
de me libertar de tudo o que incomoda.
Mas o desejo vem e sempre mais intenso.
Desejo sentir a essência da liberdade.
Meu corpo chora, suplica por ser livre...
livre das responsabilidades que adquiriu
ou que lhe foram atribuídas.
Preciso seguir, esquecer este universo.
Ainda desconheço o ser que estou me tornando
embora saiba que,
este ainda sou eu, carregando fragmentos de outros.
Desconheço o caminho.
Tudo que sei é que seguirei
até que os meus pés consigam me levar.

Por: Grazi de Almeida
Retirado de: A poesia prevalece

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